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Em evento com representantes do poder público, Coppe elege dez pontos para uma mobilidade urbana com mais qualidade no transporte coletivo

 

Semove revela durante workshop panorama inédito sobre o setor de ônibus, que teve perda de 43,7% dos passageiros pagantes nos últimos dez anos

 

O Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ promoveu um workshop, nessa quarta-feira (15), sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no padrão de deslocamento na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, reunindo especialistas em mobilidade urbana e representantes de prefeituras e do Governo do Estado. O evento contou também com a participação do secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo, Fábio Damasceno. Na ocasião, foram apresentados os dez pontos considerados fundamentais para uma mobilidade urbana eficiente pela Coppe.

 

Coordenado pelo Professor Glaydston Mattos Ribeiro, do PET/Coppe, o projeto de mapeamento da nova mobilidade urbana foi dividido em três etapas. A primeira envolveu a realização de uma pesquisa de campo com 4.300 entrevistados, para identificar o padrão de deslocamento da população. Em seguida, foi realizado um debate com as empresas operadoras do sistema de transporte público. Nessa última fase, os pesquisadores da Coppe, com base nos pontos levantados por passageiros e operadores, consultaram iniciativas e trabalhos técnicos de outros países para reunir as principais ideias para tornar o transporte coletivo mais eficiente. E, a partir daí, propor um debate com o poder concedente.

 

“Os principais pontos de atenção são: restaurar a confiança dos usuários; tempos de viagem eficientes; rotas com poucas transferências e alta frequência; uso de veículos não poluentes e sustentáveis; redução da tarifa por meio de subsídios; investimento em infraestrutura; pedágio urbano; utilização de tecnologia para melhorar a comunicação com o usuário; uma melhor integração; coordenação de autoridades metropolitanas. Promover o uso de veículos não poluentes também são medidas complementares que contribuem para tornar o sistema de transporte urbano mais sustentável e eficiente”, detalha o professor da Coppe.

 

A década do transporte público

 

Ainda durante o evento, a diretora de Mobilidade Urbana da Semove, Richele Cabral, mostrou que o cenário do sistema de transporte público vem encolhendo desde 2014, não sendo uma consequência exclusiva da pandemia. “Nos últimos dez anos, mais de 40% dos passageiros pagantes deixaram de utilizar o sistema de ônibus, levando ao fechamento de 30 empresas e à redução de 44,5% no número de colaboradores”, explica ela.

 

A pesquisa mostrou que 14% dos entrevistados migraram do transporte público para o transporte individual, seja por aplicativo ou particular. Em municípios da Baixada Fluminense, como São João de Meriti e Mesquita, a mudança atingiu mais de 37% dos passageiros consultados. Para os pesquisadores da Coppe ficou clara a necessidade de um transporte mais qualificado, que seja mais eficiente, principalmente em relação ao tempo de viagem e conforto.

 

A partir da demanda por melhorias, a diretora de Mobilidade Urbana da Semove reforçou também a ideia de a qualificação do sistema de transporte deve ser acompanhada por investimentos para tornar as cidades mais acessíveis. “Não existe um sistema de transporte de qualidade sem que se tenha uma cidade com a infraestrutura adequada. Isso é um trabalho em conjunto, não adianta ter um sistema novo se a cidade não está preparada para atender as demandas da população, que busca rapidez nos seus deslocamentos. Os passageiros buscam ter tempo para todas as suas atividades”, afirma Richele.

 

Por fim, o evento foi encerrado com uma mesa-redonda entre os participantes para discutir avanços no transporte público na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O debate contou com Fábio Damasceno, secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo; Simone Costa, da secretaria municipal de Transportes do Rio de Janeiro; Renato Barandier, secretário de Urbanismo e Mobilidade de Niterói, e José Roberto de Lima, diretor do Detro-RJ, com mediação de Glaydston Ribeiro, do PET/Coppe.

 

 

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